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BRANDING

O que o rótulo de uma cerveja diz sobre ela?

O brasileiro é apaixonado por cerveja. Ela está presente em todos os momentos: no almoço em família, no happy hour com os colegas de trabalho, no churrasco com os amigos, na balada, no futebol, na praia ou simplesmente em casa, sozinho ou acompanhado, relaxando vendo tevê.

Cada cerveja tem uma personalidade, estilo, um sabor, um posicionamento. Para isso, o design do rótulo e a embalagem de uma cerveja são fundamentais para comunicar essas características. Por meio deles é possível deduzir não apenas sobre a questão do sabor, ingredientes, coloração da cerveja, mas sim sobre seu posicionamento dentro de uma estratégia de branding, a forma como ela dialoga com seu público-alvo.

O Estúdio Roxo fez uma análise dos designs e dos posicionamentos dos rótulos de cervejas e embalagens de diversas marcas e compartilha agora com vocês suas impressões.

Skol: a Skol está entre as marcas mais modernas em termos de design de embalagem. O “o” do Skol, feito com a seta, se tornou um ícone, e a tendência é que este ícone seja a única referência à marca no futuro, não havendo nem o lettering com o nome. A coloração latinha faz menção ao produto que tem dentro, o amarelo do líquido borbulhando e o branquinho da espuma. É um layout minimalista e significante. No topo está a assinatura “desce redondo” e, embaixo, a categoria Pilsen. A cores são o amarelo e vermelho, cores fortes e quentes, e a tipografia é moderna e descolada, trabalha com itálico que acompanha a voltinha do O. É uma das latas mais legais dos dias de hoje, se comunicando bem com seu público-alvo.

Heineken: a Heineken tem uma pegada muito focada na qualidade. Ela tem assinatura como “premium quality”, é uma large beer, produzida em larga escala. A embalagem carrega um brasão. Os brasões são usados para mostrar tradição, qualidade, referência ao passado, ajuda a comunicar a qualidade do produto. A cor verde domina toda a comunicação. O verde da garrafa ajuda a manter a temperatura e a qualidade dos ingredientes, preserva melhor o conteúdo, ao contrário da cor marrom.

A Heineken tem uma simplificação de marca na parte superior da garrafa, onde está escrito “Heineken” acompanhado da icônica estrela vermelha, que funciona como uma assinatura. A estrela vermelha tem um papel interessante, pois ela serve para “quebrar” a frieza do verde, já que possui uma cor forte e está localizada no centro, em destaque. Nos packs, a estrela virou um ícone de referência. A tipografia tem os cantos arredondados, que remete à tradição, as outras fontes são mais bastonadas, mais atuais, com um equilíbrio entre o vintage e o moderno dentro de um mesmo layout.

Bohemia: a Bohemia acabou de passar por um redesenho de marca, que manteve a tradição do logo mas agora com alguns traços mais modernos. A ilustração da mulher segurando uma caneca junto a um barril, que ficava acima do nome, foi substituída por um casarão. O amarelo dourado continua presente, mas agora de uma forma mais discreta, dando apoio à cor preta. Essas cores remetem à tradição, a um certo requinte. Ela tem uma assinatura à mão, para remeter a algo mais autoral. A tipografia também segue essa linha mais tradicional, agora não mais na cor dourada, mas no preto, que dá mais legibilidade, assim como o casarão.

Sol: A Sol é uma cerveja mais leve, uma light beer, que combina bem com clima quente, pra tomar mais vezes. A Sol, logicamente, faz várias referências ao Sol em sua embalagem. A tipografia é extremamente trabalhada, estilizada, quase uma obra de arte, com um Sol explodindo ao fundo, rico em detalhes, traduzindo essa mentalidade de que ela é uma bebida para se tomar em lugares quentes.

Ela se posiciona como uma cerveja comum, mas usa cores de um produto premium, o branco com dourado trazem um ar de nobreza, de qualidade, de produto diferenciado. A Sol tem várias assinaturas que reforçam a sua origem, como “Cerveza original do México” e “Espirito libre”. A tipografia é linda, mistura técnicas de ilustração, tem uma pegada vintage, rebuscada, com serifa trabalhada, quase feita à mão. Isso é importante pois ajuda na legibilidade e na aplicação de um nome com apenas 3 letras.

Serramalte: É um rótulo sensacional do ponto de vista design, tem uma estrutura de brasão, no fundo tem um amarelo dourado, com elos de madeira, e tem uma ilustração no topo com copos e barris e que usa o vermelho como diferencial. A cerveja tem uma coloração mais escura, que remete a mais qualidade, se destaca das demais por ser mais incorporada.

As latas da Serramalte são coloridas com vermelho mais escuro, para fazer a diferença. A tipografia tem elos no passado, com uso de fonte com serifa, traços mais tradicionais. A Serramalte usa a assinatura “produção limitada” para dar um ar de exclusividade ao produto. É uma embalagem que passa a mensagem, se comunica com o público certo, se posicionando como uma cerveja de nicho.

Budweiser: “O rei das cervejas”, como diz sua assinatura, é uma marca que faz forte uso do vermelho, que é uma cor muito vinculada à alimentação, à bebida, à sensações básicas. A tipografia é manuscrita, o que dá um tom autoral à marca. Os desenhos acima do nome, com águias, fazem menção à época da Lei Seca, quando havia proibição de produzir bebidas alcoólicas nos Estados Unidos.  É uma cerveja produzida em larga escala mas que se diferencia como um produto premium, patrocinando e estando presentes em grandes eventos culturais e esportivos. O rótulo vintage sofreu pequenas alterações para os dias de hoje e o mesmo comportamento da garrafa se vê na lata.

Kaiser: A Kaiser vem passando por um amplo processo de rebranding nos últimos anos e isso se nota principalmente no rótulo e na embalagem. Os traços e menções à tradição, ao passado, praticamente sumiram, ficando apenas a coroa de trigo. A tipografia é bastonada, bem moderna, feita com uma cor meio prateada, o que realça ainda mais os tons de modernidade. Ao “fugir” dos elementos tradicionais do branding do mercado de cerveja, a Kaiser busca se reinventar, na tentativa de achar um lugar no mercado.

Stella: o fechamento de nossa análise tinha que ficar com ela, a marca que mais investe em diferenciação e posicionamento por meio da embalagem, a Stella. É uma cerveja premium, e isso é evidenciado de uma forma minimalista na assinatura “Belgium” (belga), que é o berço de todas as cervejarias, país com muita tradição na produção cervejeira, as melhores cervejas são belgas. Traz um rótulo extremamente requintado, com faca especial, brasão glamourizado, tipografia bem desenhada, mesclando tradição e modernidade.

O ano da fundação (1366) aparece em destaque, e o nome (estrela em latim) é iconizado pela presença da estrela, que funciona como se fosse um brilho. A composição do todo é reforçado pelo uso das cores, um vermelho com dourado muito atuante, contrastando com o verde da garrafa, cor que ajuda na preservação do produto, assim como o invólucro na tampa, que confere ainda mais sofisticação. Falando em sofisticação, impossível não mencionar o hot stamp dourado, que confere ao rótulo um ar ainda maior de produto premium.

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